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Era
uma bela noite de outono na Cidade do México em 2005. As folhas que caíam das árvores eram levadas por uma brisa morna, que depois veio
acompanhada de um aguaceiro. Dava para sentir a eletricidade e tranquilidade no ar. Com as cortinas fechadas, observo, admirado, uma
página aberta na tela do computador.
Tentar absorver controlar a energia positiva e a percepção que fluía através do meu corpo naquela noite teria sido inútil: eu só queria
jogar. Embora aquele ambiente quase surreal fosse um sonho para qualquer jogador de pôquer, passei a dominar as mesas da Poker Stars com
um jogo que até meus adversários me elogiaram.
Durante 50 minutos, e depois de vários confrontos, suor e repiques, terminei contra um jogador excelente (e um tanto ardiloso) em um
torneio de Sit-and-Go a nove mãos. Sem a vantagem das cartas a meu favor, consegui chegar ao mano mano com poucas fichas no monte. Os
blinds valiam 100/200 com antes de 25 fichas, e cada um tinha mais de 6500 fichas (que restaram das 13.500). Foi então que “a mão”
surgiu.
Depois do small blind, peguei um A3 com naipes diferentes e imediatamente aumentei para 550, seguido por um call de meu oponente. Eu
poderia dizer que tinha um plano específico ou algo em mente quando aumentei a aposta, mas foi apenas um raise no pré-flop genérico,
pois o call subsequente do meu oponente não me forneceu qualquer tipo de informação.
Apareceu um flop desigual de 993, e meu oponente apostou mais 700 fichas em um pote de 1.150. Na maioria das vezes eu pagaria a aposta
com um valor razoável (ou mesmo apostado tudo) com o meu par de 3's. Mas, lembre-se, eu estava "na zona de risco", então eu repiquei a
aposta no flop no intuito de extrair mais fichas dele no turn.
Bem, o turn veio 993[6] e mais uma vez meu oponente não perdeu tempo em apostar mais 2.000 fichas no porte de 2.550. Foi nesse ponto que
cometi um terrível engano ao fazer uma má jogada e na hora errada: paguei a aposta no turn. Em minha opinião, qualquer outro lance teria
sido melhor que dar o call naquele momento. Por algum motivo, deixei minhas emoções me dominarem, o que acabou se tornando um dos
momentos mais desafiadores em minha carreira de pôquer.
Nesse momento, eu estava jogando por impulso e sabia disso. Não havia absolutamente nenhuma razão, lógica e, sobretudo, nenhuma
expectativa positiva que pudesse explicar jogar da maneira que joguei. Cheguei a pensar seriamente que este seria o fim de tudo,
independentemente do resultado. Hoje quero aproveitar a noite para relaxar em vez de jogar pôquer on-line.
Sem ter uma boa perspectiva do que eu tinha na mão, o river trouxe 9936[J], e meu oponente, de maneira inesperada, levou cinco segundos
para dar o all-in. Então eu pensei: “Por que ele está demorando tanto? O que será que pretende?” Foi então que algo me atingiu! Através
de uma combinação estranha de jogadas mal sucedidas e pura sorte, dei de cara com uma das mais dicas mais obscuras que eu já conheci no
pôquer virtual. Meu oponente só tinha cartas ruins! Foi por isso que meu oponente que levou tanto tempo para dar o lance.
Portanto, você pode perguntar, qual foi a grande dica de pôquer? É possível incorporá-la ao seu próprio jogo? Admito que não tive tempo
de pensar nisso desde aquela noite chuvosa. Meu oponente não deu o lance imediatamente porque estava se preparando para me "humilhar".
Em vez de se livrar das cartas ruins e acabar logo com o jogo, meu oponente deixou a página principal da PokerStars à mostra e desmarcou
a opção Muck Winning Hand’, permitindo que eu visualizasse suas cartas ruins caso blefasse no river. Foi isso que causou a demora.
Assim, apostou tudo com meu par de 3’s e ganhei o torneio depois de sua tentativa fracassada em me bater com 72 cartas de naipes
diferentes. O que se seguiu foi uma das discussões mais acaloradas que já vi em uma conversa on-line. É claro que ele me chamou de
idiota (além de outras coisas) por isso, e perdeu completamente a compostura depois de dizer a ele como descobri seu truque. Ele ficou
furioso e me chamou de trapaceiro, pois, segundo ele, a única maneira de perceber as ações (abrir o lobby principal e desmarcar a opção
“Winning Muck Hand”) seria invadindo seu computador, por exemplo.
Ironicamente, esse mesmo jogador desistiu de jogar pôquer on-line algum tempo depois e nunca tentou recuperar sua habilidade ou
aprimorar seu jogo com novas idéias. Suas opiniões podem ser encontradas em vários fóruns na Internet, onde ele apresenta teorias
conspiratórias e cenários improváveis que lhe renderam mais mágoa e zombaria do que respeito e a credibilidade.
Muitos jogadores on-line procuram por listas de “dicas” na esperança de encontrar uma solução fácil para situações complexas. A maioria
ficaria surpresa em descobrir que perceber dias on-line é uma forma de arte e não uma ciência exata. Ao reavaliar a mão descrita
anteriormente, não haveria como saber com certeza absoluta, no entanto, "detectar" aquela dica em particular transformou um call
"improvável" em uma decisão muito elementar. Afinal, só precisei mostrar a mão vencedora 25% das vezes para chegar a um empate.
Basicamente, arrisquei cerca de 3.300 fichas para uma chance de ganhar perto de 10.000. Portanto, é altamente improvável que tivesse
descartado a mão no river (principalmente depois de ter jogado contra este mesmo oponente e sabendo que era capaz de blefar).
Em jogos de pôquer como Texas Hold'em sem limite, em que as vantagens e margens não mínimas, detectar dicas é uma maneira útil de
modificar os números e percentuais de probabilidades para se obter um resultado mais concreto. Por exemplo, se você estiver
completamente perdido e não sabe o que fazer no flop (em sua posição), as ações do seu oponente pode às vezes transformar uma situação
50/50 em uma situação 60/40, que por sua vez, cria uma condição mais apropriada para fazer apostas, aumentar ou descartar a sua mão,
dependendo da interpretação daquela dica específica.
Ganhar ou retirar dez pontos percentuais pode não parecer muito para o observador comum, mas 10% é o ideal e algo acima de 10% é ainda
melhor. Transformar uma situação 30/70 em uma situação 70/30 é algo muito raro de acontecer. Ao combinar a capacidade de "ler" as dicas,
extrair valor e manipular os oponentes, um jogador pode aumentar significativamente a sua expectativa de longo prazo às mesas. Esse é o
tema de nossa discussão hoje.
Lista de "dicas" (Poker Tells) de pôquer on-line
1. Um intervalo ou pausa do oponente ao passar ou apostar pode, às vezes, indicar fraqueza ou força, além de hesitação.
2. O valor das apostas de seu adversário pode indicar uma mão boa ou ruim.
3. O uso do banco de horas pode causar confusão, portanto, seja cuidadoso.
4. O bate papo pode ser muito informativo, pois revela as tendências gerais de um adversário ou escolha da mão durante um período de
tempo muito extenso (bem como detectar algum tipo de comportamento inadequado), mas é preciso tomar cuidado ao aplicar este item a uma
mão específica (caso seu oponente esteja falando com você quando for sua vez de jogar).
5. A porcentagem de mãos jogadas pode revelar muitas informações relativas à escolha de uma mão específica pelo adversário. Na maioria
dos casos, não será preciso muito trabalho para perceber se o jogador está blefando ou não.
6. Multimesa: quanto maior o número de mesas em que o jogador estiver participando (quatro ou mais), menor serão as chances de ele ou
ela estar brincando em jogo.
7. A ação no turn pode, às vezes, ser um indicativo da força da mão de seu adversário no flop ou no river. |
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